

“O sistema de contas em nosso país vive um dilema que não consegue explicar. Como temos estados falidos, com contas aprovadas? Esse problema não existe aqui. O equilíbrio fiscal é conceito permanente em nosso Estado.” O presidente destacou a elaboração da Matriz de Saldos Contábeis, em parceria inédita do TCE-ES com a STN, a criação da Certidão de Regularidade de Transferências Voluntárias (CRTV), o processo eletrônico, o Painel de Controle e o CidadES como exemplos de ações desenvolvidas pela Corte que auxiliam os gestores.
“Tenho certeza de que produzimos ferramentas, transparentes e tempestivas, que acompanham os gastos públicos, e que começam a justificar a nossa existência enquanto instituição pública. Todos nós que vivemos dos sagrados recursos públicos, temos que justificar a nossa existência. A nossa necessidade de existir. De ser útil e necessário à sociedade. Se não formos capazes de explicar isso, é melhor que sejamos extintos. A nota A alcançada por nosso Estado na avaliação da STN é motivo de orgulho para todos nós”, afirmou.
Em seu discurso, Aboudib defendeu o equilíbrio fiscal como essencial para a realização de políticas sociais. “É importante e necessário o desenvolvimento de políticas sociais que alcancem os mais necessitados. Mas só serão possíveis com equilíbrio fiscal. Há que se buscar a sustentabilidade enquanto conceito”, justificou.
O presidente do TCE-ES, ainda em sua fala, criticou os elevados custos da máquina pública e sua ineficiência, que acabam por deixar parte da população desamparada de serviços de qualidade. “É chegada a hora de se questionar o real interesse público dos chamados gastos obrigatórios. Qual a real necessidade das chamadas verbas carimbadas? Não adianta ter a maioria do Congresso Nacional, sequer maioria no Supremo Tribunal Federal, se as decisões não tiverem sustentabilidade no campo ambiental, econômico e ético. Se não atenderem de fato o real interesse público.” E concluiu: “reduzir o custo do Estado, torná-lo eficiente e sustentável, é, ao final e ao cabo, garantir a própria existência do Estado Democrático de Direito. É essa a nossa principal missão enquanto zelador das contas públicas.”
Presente no evento, a governadora em exercício, Jaqueline Moraes, elogiou a atuação do Tribunal de Contas do Estado, colocando o controle externo como essencial para o alcance de resultados. “Gestão fiscal é oportunidade de realizar investimento em políticas públicas eficientes”, afirmou, pontuando o equilíbrio das contas no Espírito Santo.
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