O censo étnico-racial promovido pelo Tribunal de Contas do Espírito Santo (TCE-ES) foi uma das boas práticas apresentadas no webinário “Fiscalizar para reparar – Tribunal de Contas e o combate ao racismo estrutural”. O encontro virtual, promovido pela Associação dos Membros do Tribunais de Contas (Atricon), contou com especialistas para discutir o papel dos órgãos de controle no enfrentamento das desigualdades institucionais.
A programação apresentou iniciativas e boas práticas adotadas por tribunais de contas em todo o país. Pelo TCE-ES, a auditora e coordenadora da Comissão de Promoção da Equidade Racial e Combate ao Racismo, Ana Emília Thomaz, apresentou a aplicação do censo étnico-racial como uma ferramenta para transformar princípios em prática no Tribunal.
“O censo busca oferecer um diagnóstico mais preciso do perfil racial dos servidores, identificar possíveis desigualdades internas, mensurar impactos e subsidiar a criação de políticas eficazes. A credibilidade para fiscalizar começa pela nossa própria prática”, destacou a auditora.
Durante o webinário, a coordenadora da comissão também explicou que a ação foi uma oportunidade para fortalecer a imagem institucional do TCE-ES, ser referência na prática da inclusão, melhorar o clima organizacional e inspirar outros Tribunais de Contas. O censo é importante pois abre caminho para fiscalização de políticas públicas de igualdade racial e induzir boas práticas.
O webinário
O evento, transmitido de forma online no canal do YouTube da Atricon, reforçou a importância de uma administração pública comprometida com a justiça social e com a reparação histórica de grupos marginalizados. O webinário foi também uma realização do Instituto Rui Barbosa e da Escola Superior de Gestão e Contas Públicas do TCM/SP.
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