Presidente Domingos Taufner participa de seminário de Governança Municipal com ministro Augusto Nardes

O presidente do Tribunal de Contas do Estado do Espírito Santo, conselheiro Domingos Taufner, participou, na manhã desta quinta-feira (25), do 14º Seminário de Governança Municipal para prefeitos, gestores e contadores públicos. O evento foi realizado no auditório do Sebrae e contou com a participação do ministro do Tribunal de Contas da União (TCU), Augusto Nardes.  

O evento foi organizado pela Fundação Brasileira de Contabilidade (FCB), Rede Governança Brasil e pelo Instituto Latino-Americano de Governança e Compliance (IGPC). Logo na abertura do encontro, o anfitrião do dia, presidente do Conselho Regional de Contabilidade do Espírito Santo (CRC-ES), Walterleno Noronha, parabenizou os contadores pelo Dia do Profissional da Contabilidade, celebrado nesta quinta-feira. 

“Ressalto a alegria de receber cada um de vocês, neste momento de capacitação – sobretudo neste dia do Profissional de Contabilidade. Todas as vagas para o evento foram preenchidas e isso reforça a importância da contabilidade pública e de difundir o conhecimento nesta área”, disse. 

Logo na sequência, Taufner ressaltou a importância da governança municipal e o papel do Tribunal de Contas nesse desenvolvimento. “Temos cobrado dos governos posturas mais austeras, prudentes e transparentes. Nesse contexto, os Tribunais de Contas viram a necessidade de buscar outras formas de avaliação, prezando pela eficiência, eficácia e efetividade das ações governamentais”, disse o presidente.  

“A governança municipal nos trará excelentes oportunidades para que boas práticas sejam implantadas em nossa sociedade”, concluiu Taufner. 

Também fizeram uma saudação no início do evento a presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Cris Samorini; a presidente da Fundação Brasileira de Contabilidade, Sandra Santiago, a vice-presidente do Conselho Federal de Contabilidade, Sandra Campos, e o secretário de Estado de Controle e Transparência, Edmar Camata. 

Palestra magna 

Concluídas as saudações, o ministro Augusto Nardes subiu ao palco para sua palestra magna, que teve como tema “Governança Pública Municipal: Transformando sua Administração”. Nela, o ministro falou de sua satisfação em voltar ao Espírito Santo, estado que, segundo ele, é um dos exemplos nacionais de governança.  

“Governança é disciplina. É capacidade organizacional. É saber como direcionar as ações, avaliar e monitorar o que foi feito. É corrigir o problema sem precisar punir o responsável, porque quando você pune, você já perdeu. O que queremos é fazer prevenção para evitar perdas em vez de correr atrás do prejuízo”, disse Nardes. 

O ministro contou que há 10 anos percorre o Brasil falando sobre governança. “No início eu pregava no deserto”, revelou. “Nossos estadistas não tiveram a capacidade de melhorar nossa infraestrutura, nossa educação. E apesar de termos alguns bons exemplos, o Brasil ainda é o paraíso das obras inacabadas. Não há gestão de riscos, falta integração, o planejamento é deficiente ou ineficiente. E é isso que precisamos mudar”, afirmou defendendo a utilização de indicadores nos mais diferentes setores da gestão pública. 

Por fim, Nardes falou sobre a governança do clima, com políticas voltadas para o meio ambiente. “É a primeira vez que o Brasil lidera um projeto de desenvolvimento sustentável. Temos liderança, estratégia e controle para que ser um dos expoentes nesse tema”, concluiu o ministro, ressaltando seu novo livro “Da governança à esperança”. 

Demais palestras 

Também palestraram neste 14º Seminário de Governança Municipal para prefeitos, gestores e contadores públicos a advogada em ESG e Complience Mariana Covre; o auditor de Controle Externo do TCE-ES Guilherme Nunes; o conselheiro do CFC Brunno Sitório; o representante da prefeitura de Vitória Ericsson Marcel; e o secretário Edmar Camata. 

Em sua fala, Guilherme Nunes abordou a importância da governança pública na estruturação da Nova Lei de Licitações e Contratos. “Quando um órgão pensa seus projetos e se organiza para fazer as contratações, muita coisa precisa ser desenvolvida. E a governança acaba atuando como uma ação direcionadora para que o órgão público consiga alcançar os objetivos”, disse o auditor que também abordou gestão de riscos e gestão de pessoas sob a ótica da nova lei.