
O governador do Estado do Espírito Santo, Renato Casagrande, destacou a importância e qualidade do trabalho desenvolvido na Corte de Contas capixaba e elogiou a capacidade de diálogo do novo presidente, conselheiro Luiz Carlos Ciciliotti. O discurso de Casagrande aconteceu durante a sessão especial de posse, realizada nesta segunda-feira (15), na sede do TCE-ES.
“É preciso registrar o trabalho que o TCE tem feito. O guardião das contas públicas tem funcionado muito bem e trabalhado com grande responsabilidade”, disse o governador. “O segredo do desenvolvimento do nosso estado está na capacidade de respeitar as instituições. A governança não é responsabilidade exclusiva do governador, vice ou da equipe de governo. É de todos nós”, acrescentou.
“Há pouco, fui informado que o Estado bateu o recorde de investimentos, executando o total de R$ 4,275 bilhões em um ano. Isso mostra a potência desse Estado e isso só é possível porque temos o controle das contas. Temos um Tribunal de Contas vigiando a gente, e o que queremos é isso mesmo. Queremos fazer as coisas de forma correta e o Tribunal tem nos ajudado nisso”, afirmou.
Sobre o presidente que tomou posse para o biênio 2026-2027, Casagrande elogiou a humildade e capacidade de diálogo. “Ciciliotti é uma pessoa humilde, fácil de chegar para conversar. É trabalhador, dedicado e justo em suas decisões. Esses são valores de gente decente, séria e que tem capacidade de dialogar”, disse Casagrande sobre o conselheiro com quem tem amizade há muitos anos.
Além do governador e dos conselheiros do TCE-ES, também participaram da solenidade o presidente da Assembleia Legislativa, deputado Marcelo Santos, presidente do Tribunal de Justiça, desembargadora Janete Simões, vice-governador, Ricardo Ferraço, procurador-geral de Justiça, Francisco Berdeal, coordenador da Bancada Federal do Espírito Santo no Congresso Nacional, Josias Da Vitória, presidente da Associação dos Municípios do Estado do Espírito Santo, Lubiana Barrigueira. Também participaram diversos prefeitos, secretários de Estado e representantes de instituições públicas.
Homenagem
O conselheiro Rodrigo Chamoun, em nome dos membros, agradeceu o conselheiro Domingos Taufner pela sua gestão e também homenageou o futuro presidente. “Em 2019, tive a honra de me pronunciar quando o então indicado Luiz Carlos Ciciliotti assumia o cargo de conselheiro deste Tribunal de Contas. Naquela ocasião, afirmei que ele atendia a todos os requisitos constitucionais exigidos para o cargo e, de forma simbólica, acrescentei que sua trajetória revelava um notório fazer”, disse.
“Hoje, somo a esse atributo um elemento que o tempo tornou incontornável: o notório liderar. Porque não basta conhecer. Não basta fazer. É preciso conduzir. E conduzir exige mais do que liderança formal. Exige escuta qualificada, equilíbrio na deliberação, visão de longo prazo e compromisso com o interesse público”, acrescentou.
Revezamento
Chamoun ainda teceu algumas palavras sobre o trabalho das lideranças da Corte de Contas capixaba. Ele comparou a passagem de bastão no TCE-ES a uma longa corrida de revezamento. “A tocha da liderança muda de mãos, mas o fogo permanece aceso. Neste Tribunal, o bastão nunca cai”, afirmou.
O conselheiro ainda contou uma história conhecida como a “Grande Corrida da Misericórdia”, quando um surto de difteria atingiu o Alasca. “Não havia estoque de soro e, diante da impossibilidade de operação de navios e aeronaves, optou-se por uma solução extraordinária: uma corrida de revezamento formada por vinte equipes de trenós puxados por cães, encarregadas de transportar o soro ao longo de quase 1.100 quilômetros, atravessando montanhas, penhascos e baías congeladas”, contou Chamoun.
Segundo o conselheiro, mesmo sob condições extremas, nenhuma equipe quebrou um único frasco de soro. “Essa história nos inspira por dois motivos fundamentais, que dialogam diretamente com este momento institucional. O primeiro é que ela traduz, com precisão, a lógica da corrida de revezamento, em que cada etapa importa, cada condutor é essencial e o compromisso coletivo se sobrepõe ao protagonismo individual”, pontuou.
“O segundo motivo conecta-se diretamente ao propósito da saúde pública, área à qual o conselheiro Luiz Carlos Ciciliotti dedicou sua vida profissional, participando ativamente, inclusive, das discussões centrais que culminaram na criação do Sistema Único de Saúde. Tal como na Grande Corrida da Misericórdia, profissionais da saúde como você, meu dileto amigo, não deixam cair os frascos, mesmo quando a adversidade se impõe com virulência”, concluiu Chamoun.
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